A história também é delas: A importância e as contribuições de mulheres para a história mundial (e do Brasil!)

A história também é delas: A importância e as contribuições de mulheres para a história mundial (e do Brasil!)

Só a gente sabe como temos frequentemente nossas ações invisibilizadas ou diminuídas por sermos mulheres. E não é de hoje, né?

 

Para que a gente não se esqueça nunca, trouxemos aqui algumas histórias marcantes e inspiradoras de mulheres que enfrentaram barreiras sociais e seguiram a frente de seu tempo! 

 

Nós tivemos uma ajudinha da revista Time, que em 2019 fez um levantamento de mulheres influentes mundialmente, entre 1920 e 2019, em uma lista chamada 100 women of the year (em português, 100 mulheres do ano). 

 

MULHERES QUE CONTRIBUÍRAM (e contribuem) PARA A HISTÓRIA MUNDIAL

 

Amrit Kaur (1889 – 1964) 

Foi ministra da saúde do governo indiano, e tinha como missão de vida ajudar a Índia a se libertar das amarras coloniais e opressivas que regiam seu país. Ao longo dos anos, contribuiu com grandes avanços nos direitos das mulheres, principalmente em relação à educação e voto, além de lutar contra o casamento infantil.

 

Rainha Soraya Tarzi (1899 – 1968)

A monarca consorte do Afeganistão foi uma grande ativista pelos direitos humanos do Oriente Médio na década de 1920, sendo uma das primeiras mulheres a tirar publicamente o véu que cobria seu rosto – um forte gesto de resistência pelas mulheres.

 

Recy Taylor (1919 – 2017) 

Gatilho: violência sexual

Após sofrer estupro coletivo, Recy marcou história ao denunciar seus agressores, tomando a frente também do movimento por direitos civis da população negra estadunidense.

> Para quem quiser saber mais sobre sua história, têm um documentário na Globo Play sobre o assunto, chamado “O estupro de Recy Taylor”. 

 

Rosalind Franklin (1920 – 1958)

A britânica, além de feminista sufragista, foi uma química conhecida por contribuição para o entendimento de DNA, RNA, vírus, carvão mineral e grafite. 

 

As irmãs Mirabal (1924 / 1926 / 1936 – 1960)

Também conhecidas como As Borboletas, Patrícia, Minerva e Maria Teresa foram ativistas contra a ditadura de Rafael Trujillo na República Dominicana, e foram brutalmente assassinadas pelas tropas ditatoriais em 1960. Elas são símbolo de orgulho e inspiração para as mulheres na República Dominicana ainda hoje.

 

Marsha P. Johnson (1945 – 1992)

Marsha abriu caminho para os direitos da população LGBTQIA+, sendo uma líder trans incitadora da rebelião de Stonewall, nos Estados Unidos, que anos mais tarde veio a se tornar a Parada LGBTQIA+.

 

Judith Heumann (1947) 

A ativista estadunidense é considerada a “mãe da luta pelos direitos das pessoas com deficiência”, segundo o The Washington Post. Sua trajetória abre caminhos para pessoas no mundo inteiro e lhe rendeu algumas premiações e um documentário, chamado “Crip Camp: a disability revolution”, disponível no YouTube e na Netflix.

 

Tu Youyou (1930)

A pesquisa da farmacologista chinesa teve impacto na saúde mundial. Ela descobriu substâncias artemisinina e dihidroartemisinina, usadas para tratar a malária.

 

Anna Walentynowicz (1929 – 2010)

Também conhecida como “woman of iron” (mulher de ferro), a ativista trabalhadora polonesa esteve na linha de frente na luta pela independência da Polônia do controle soviético.

 

Aung San Suu Kyi (1945 – )

Ativista e política do Myanmar (antiga Birmânia), recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1991 pela sua luta contra a ditadura birmanesa. Chegou a ser presa política, e hoje é um símbolo de liberdade.

 

Joycelyn Elders (1933 – )

A pediatra foi a primeira mulher negra e a segunda mulher a ser nomeada Cirurgiã Geral dos EUA. Uma de suas principais ações foi a ampla expansão de testes e orientações sobre o HIV.

 

MULHERES QUE CONTRIBUÍRAM PARA A HISTÓRIA DO BRASIL

Que tal aproximar a história um pouco mais de nós? Destacamos aqui alguns nomes de mulheres que ajudaram a desbravar o Brasil, uma lista retirada do portal DW, publicada em 2019.

 

Bertha Lutz (1894 – 1976)

Além de ser referência quando o assunto é feminismo brasileiro do século 20, Bertha também é responsável por estudos e descobertas de inúmeras espécies de anfíbios através de suas pesquisas nos campos de biologia e naturalismo, abrindo caminho para várias mulheres organizarem expedições pelo Brasil.

 

Heloísa Alberto Torres (1895 – 1977)

A antropóloga tem um trabalho muito importante para a história dos povos originários brasileiros. Ela empreendeu muitas expedições pelo país, a principal na Ilha de Marajó, no Rio Amazonas, onde catalogou cerâmicas das tribos marajoaras. Fora isso, ela foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Diretora do Museu Nacional do Brasil, e uma das poucas representantes femininas no campo das pesquisas indigenistas a ter seu trabalho reconhecido internacionalmente.

 

Doris Cochram (1898 – 1968)

Apesar de ser estadunidense, a herpetóloga americana é responsável por catalogar aproximadamente 100 novas espécies de anfíbios e répteis na América Latina – incluindo o Brasil.

 

Dandara dos Palmares (data incerta – 1694)

Talvez uma das referências mais antigas da história do Brasil, e talvez o nome mais importante dessa lista, Dandara comandou o Quilombo dos Palmares juntamente com Zumbi dos Palmares. Símbolo de força e resistência, Dandara lutou pela libertação da população negra no Brasil.

 

As informações sobre a vida de Dandara foram retiradas do site Nossa Causa, publicadas em 2015.

 

MULHERES QUE HOJE ESTÃO NA LINHA DE FRENTE DO MUNDO 

Não podemos deixar de lado as mulheres que estão lutando hoje por um amanhã mais justo. Algumas das muitas que estão fazendo história!

 

Jacinda Arden (1980)

A primeira-ministra da Nova Zelândia teve grande destaque na mídia internacional pela sua rápida e assertiva resposta no combate à pandemia do novo coronavírus. Com um governo focado em questões humanitárias, que apoia a ciência e incentiva a educação, Jacinda se tornou uma grande inspiração para mulheres na política do mundo inteiro.

 

Greta Thunberg (2003)

A gente não cansa de falar dela, porque Greta é a prova de que quem quer, faz acontecer. Ainda pré-adolescente, na Suécia, ela começou na luta pelo meio ambiente diante das mudanças climáticas, e hoje é referência internacional do assunto – tendo sido inclusive uma das únicas cinco mulheres escolhidas como “pessoa do ano” pela revista Time, em 2019.

 

Mulheres na linha de frente de conflitos armados!

Não podemos deixar de lado as mulheres guerreiras que estão literalmente lutando por sua liberdade. Elas estão no mundo inteiro: Ucrânia, Síria, Iraque, Iêmen, Afeganistão, Paquistão, Myanmar, Tailândia, Índia, Filipinas, Indonésia, Egito, Líbia, Mali, Burquina Fasso, Senegal, Costa do Marfim, Nigéria, Camarões, Sudão do Sul, República Dominicana do Congo, Burundi, Quênia, Somália, Venezuela e Colômbia. É o que diz a publicação do Brasil de Fato, de fevereiro de 2022, fazendo referência ao Projeto de Dados de Localização de Eventos e Conflitos Armados (Acled, na sigla em Inglês), que faz o diagnóstico de que ao menos 28 países não estão em situação de paz.

 

Seja uma guerra com projeção mundial ou esquecida pelos holofotes, conflitos ocorrem no mundo inteiro. Não somos a favor de guerras, mas sabemos que quando nossa liberdade e nossos direitos estão em jogo, temos que nos unir para enfrentar o que está a nossa frente!

 

INSPIRADOR, NÉ?!

Que essas várias mulheres sirvam de inspiração para nós, para não desistirmos e para seguirmos fortes em direção aos nossos objetivos. 

 

Quando tudo parecer difícil demais, vamos olhar para trás e para os lados, lembrando que sim, nós podemos mudar o rumo do mundo. Principalmente, porque nossa luta não é sozinha e o nosso futuro é uma construção de vários passos – do passado e do presente.

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