conteúdo em parceria com Mandala Lunar
Já parou pra pensar que registrar nosso dia a dia nos ajuda a pensar no amanhã?
Isso porque quando ressaltamos nosso cotidiano, olhamos pra nós, nossas qualidades, forças e fraquezas, o que nos faz entender melhor porque agimos ou sentimos de determinada maneira em determinada situação.
Ter isso registrado faz com que a gente identifique padrões em nosso comportamento, podendo nos olhar com mais amor e compreensão diante de todos os ciclos que nos compõem e envolvem. Ciclos que podem ter relação com nossos ciclos menstruais, mas ir muito além disso, sabia? Bora entender isso melhor!
Uma palavra: autoconhecimento
Podemos dizer que esse processo de reflexão sobre nossa rotina é um caminho para o autoconhecimento – que nada mais é do que conhecermos a nós mesmos.
Pode parecer estranho pensar nisso, afinal, a gente se conhece desde que nascemos, né?! A verdade é que nem sempre. Ao longo dos anos, conforme passamos por eventos marcantes, aos pouquinhos vamos mudando nossa personalidade, nossos gostos e nossos desejos. E às vezes demora um pouco até percebermos essas revoluções em nós.
E se nós mesmos não nos conhecemos, como então vamos querer conhecer bem outras pessoas ou querer que outras pessoas nos conheçam? Não né 🙁
Mas Korui, como se autoconhecer?
Não tem resposta certa. O que para uma pessoa pode funcionar muito, para outra pode não ter efeito nenhum. Pra dar aquele empurrão que, às vezes a gente precisa, aqui vão algumas dicas de como começar esse processo.
Perceber nosso humor é o primeiro passo!
Como estou me sentindo agora? Estou feliz, triste? Fazer essa “varredura” pelas nossas sensações é o começo deste processo, entender como estamos no momento presente. Em seguida, podemos observar nossas oscilações de humor ao longo do dia, da semana e do mês, e buscando compreender o que dispara essas mudanças. Podem ser tanto coisas internas como sentimentos e memórias, ou também questões externas como queimar a resistência do chuveiro, receber uma declaração de afeto ou ler uma notícia bombástica.
Aí, conforme o tempo passa, a gente vai entendendo quais as coisas que nos afetam mais e como reagimos aos eventos que nos cercam.
Isso nos prepara mentalmente para futuras experiências, pois já vamos ter uma ideia de como iremos nos sentir quando recebermos uma notícia ruim ou percebermos coisas inesperadas, por exemplo. A longo prazo, sermos autoconscientes pode até quebrar padrões da nossa criança, buscando uma vida de equilíbrio, responsabilidade, amor e autocompaixão.
Em seguida, vamos notando coisas que permeiam nosso humor
Aos poucos, vamos começar a observar como está nosso apetite, nossa disposição pra exercícios físicos, concentração e até nossa relação com o corpo. Quando a gente perceber, vamos conseguir notar como está cada coisa em nossas vidas, e perceber quando alguma área precisa de mais atenção.
Algo interessante é comparar nosso humor com nosso ciclo menstrual. A gente nem percebe, mas nossa menstruação nos influencia a maior parte do tempo.
Por exemplo, quando estamos na TPM nosso humor pode oscilar mais. Vamos de disposição e alegria para “o mundo inteiro está contra mim” em questão de minutos (quem nunca?!). Ok, nem sempre a TPM é a culpada e a gente sabe muito bem disso.
Quer saber mais sobre como nossos ciclos podem influenciar nosso bem estar? Tem esse texto aqui, que escrevemos exatamente sobre isso!
Manter um registro cotidiano nos ajuda a ver as causas e efeitos de como nos sentimos num geral, e nos ajuda a acompanhar nossa evolução ao longo do tempo. E compreender nossos passos, observando nossas diversas fases, também nos faz ter mais compaixão com nós mesmas e com os outros ao nosso redor.
Perguntas de autoconhecimento
Para além disso, podemos nos fazer algumas perguntas para refletir sobre a nossa vida, nossa personalidade e sobre quem somos (ou acreditamos ser). Aqui vão algumas delas:
1 – O que eu mais gosto de fazer?
2 – O que essa atividade me faz sentir?
3 – O que eu não gosto nem um pouco de fazer?
4 – Por que eu não gosto de fazer isso?
5 – Quais talentos eu possuo?
6 – Existe algum talento, habilidade ou conhecimento que eu posso desenvolver mais?
7 – Quando as pessoas me elogiam, quais qualidades exaltam?
8 – O que eu gostaria de aprender este ano?
9 – O que eu sei mas acho que não é um conhecimento reconhecido ou útil o suficiente?
10 – Existe alguma coisa que me estressa?
11 – O que me deixa triste?
12 – O que alegra minha vida?
13 – Na última semana, minha rotina teve mais momentos tristes ou alegres?
14 – O que eu posso fazer para que na próxima semana eu tenha mais momentos felizes?
15 – Do que eu tenho medo?
16 – O que eu posso fazer para lidar e superar meus medos?
17 – Em que situações eu demonstrei coragem?
18 – Se eu fosse me descrever em cinco palavras, quais seriam?
19 – Quais são meus sonhos, objetivos ou metas?
20 – O que posso fazer hoje para seguir em direção a eles?
Não existe resposta certa ou errada. O importante é pensarmos com sinceridade, refletindo de verdade sobre o que sentimos, como nos vemos. Sem julgamentos, ok?!
Essas perguntas são somente um guia pra dar aquele passo inicial. Não precisamos responder todas de uma vez, a ideia é provocar o movimento de reflexão pra sair da inércia.
Vamos colocar tudo isso no papel?
Registrar tudo o que falamos acima nos dá uma perspectiva mais profunda sobre quem somos e sobre as transformações que ocorrem em nossas vidas… e que a gente só vai perceber mesmo depois.
Para isso, é legal conseguirmos uns minutinhos na nossa rotina pra alinhar os pensamentos e transformar o que sentimos em palavras. No começo pode demorar um pouco, mas logo logo a gente pega jeito – e não precisa saber escrever bem pra começar, tá?! Afinal de contas, ninguém vai ler além da gente! rsrs
Esse registro pode ser feito de várias formas. Pode ser um caderninho, uma agenda, um planner, áudios gravados e salvos numa pasta. Também tem gente que gosta de tirar uma foto por dia, pois ali, pelas expressões do rosto, rugas de cansaço ou sorrisos e dá pra notar tudo o que nos falta em palavras. E outra opção bem bacana é a Mandala Lunar!
Mandala Lunar
Que tal fazer pausas para observar como estamos e escrever diariamente essas percepções e plantar nossas intenções a cada nova lunação?
Mandala Lunar é uma estrutura que apoia esse processo. Nela, a cada nova lunação (mês lunar), temos uma página de intenções. Cada página é como um solo fértil em que plantamos sementinhas de desejos para aquele novo ciclo que nasce a cada lua nova. Essa prática de pausar, se conectar e escrever suas intenções, possibilita que a gente possa nutrir e cuidar do que realmente importa pra nós. Essas sementinhas podem ser sobre como queremos nos sentir, o que queremos criar, questões que queremos priorizar naquele ciclo em relação ao corpo, ao dia a dia e à natureza, e o que mais sentirmos que está precisando ser plantado, regado e florescido na nossa vida.
E o outro convite é o de cultivar o hábito da escrita diária. Escrever diariamente nos auxilia a sermos pesquisadores de nós mesmos. Ao escrever, podemos ter mais nitidez sobre nossos sentimentos, padrões e processos internos e, ao iluminarmos eles, podemos fazer escolhas mais conscientes e conectadas com o nosso propósito.
Como manter essa rotina?
Criar um hábito é uma das coisas mais difíceis que existe, pois nos tira do lugar de conforto. Porém começar é o passo mais difícil! Depois, o desafio é encontrar qual é o melhor jeito de manter esse exercício diário na rotina.
Pode ser colocando como compromisso na agenda, enquanto tomamos café da manhã ou a última coisa a fazer antes de dormir. Só a gente pra saber o que vai funcionar.
Não estou conseguindo fazer todo dia! E agora?
Vale a pergunta: por que não estamos conseguindo fazer o registro diariamente? Nosso dia-a-dia está sobrecarregado ou é algo interno, que não conseguimos explicar? Às vezes a gente só esquece mesmo – e tá tudo bem.
A ideia não é tornar isso mais um compromisso engessado, mas sim uma jornada de autoconhecimento e reflexão sobre quem somos e o que desejamos ser!
Vamos começar essa caminhada?