Dançar, como toda atividade física, faz bem ao corpo e a mente, sendo uma maneira prazerosa de cuidar do nosso bem-estar e uma ótima ferramenta de autoconhecimento. Dançando, podemos aprender a nos expressar mais, soltar as emoções e aliviar o estresse.
Com essa atividade é possível fortalecer o equilíbrio e a coordenação, enquanto ao se trabalha alguns grupos musculares. Do ponto de vista cognitivo, a dança ajuda a desenvolver a imaginação e a trabalhar a memória, principalmente no caso das que utilizam coreografia.
A dança pode ter impactos positivos também na saúde mental. Segundo OMS, a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número de pessoas incapacitadas nas Américas.
E é aí que dança pode entrar na nossa rotina e ajudar a mudar esse cenário, já que ao nos exercitarmos liberamos endorfina, conhecida como hormônio da felicidade, a substancia é produzida no cérebro durante e depois de atividades físicas e que promove uma sensação de conforto e bem-estar.
A dança como terapia
Em novembro de 2019, a OMS estudou pela primeira vez em um relatório detalhado as ligações entre arte e saúde. Reunindo dados científicos coletados em todo o mundo de mais de 900 fontes, é um dos estudos mais abrangentes sobre o assunto até hoje.
Reconhece oficialmente a arte como benéfica e atua em dois campos: o da saúde mental e o da saúde física. Neste último nível, as artes cênicas, a dança em particular, parecem ser tratamentos reais. No caso de pacientes com doença de Parkinson, está cientificamente comprovado que há vários anos a dança pode melhorar significativamente os escores motores dos pacientes.
Nos Estados Unidos, Marian Chace, pioneira na área, fundou a Dance Therapy Association em 1960. Ela experimentou seu trabalho terapêutico primeiro no Hospital St Elizabeth em Washington, depois em uma instituição psiquiátrica. Seus métodos rapidamente se provaram e foram reconhecidos e recomendados por vários psiquiatras.
Na Europa, foi por volta da mesma época que nasceu o movimento e interessou Rudolf Laban, precursor da dança moderna na Alemanha, ou Mary Whitehouse. Esse último está notavelmente na origem do “movimento autêntico”, uma técnica que convida o paciente a casar movimento e emoção, deixando-se guiar por sua sensação e seu corpo. Esse processo de internalização e autoconsciência está hoje particularmente presente nos Estados Unidos.
Dançar e a menstruação
Práticas esportivas, no geral, não precisam ser suspensas durante o período menstrual. Ao contrário, a prática regular de atividades físicas permitem que o corpo produza hormônios necessários para passar por essa fase e influenciar na redução dos desconfortos e dores que podem estar relacionadas à menstruação.
Durante o ciclo menstrual, existem diversas alternativas para não deixar de praticar atividades físicas com segurança e tranquilidade. Como o coletor, a calcinha e a boxer absorvente e o disco menstrual. Escolha a que você mais se adapta e continue se movimentando, no seu ritmo, claro.
Leia também: Disco Menstrual: Tudo o que você precisa saber sobre essa maravilha 😉
Como começar a dançar?
Para dançar e se expressar você nem precisa se matricular em alguma aula específica, pode simplesmente colocar uma música que você gosta, dar o play e soltar o corpo. Ou até mesmo fazer isso em um encontro entre amigues. 🙂
Se você é daquelas pessoas que gosta de seguir ou aprender uma coreografia, na internet existem diversos canais que ensinam e incentivam a dançar.
O mais importante é encontrar uma prática que faça sentido para você, seja ela qual for. O convite aqui é para não deixarmos de procurar alguma forma de cuidar da gente e da nossa saúde.
