O plástico é mesmo um problema?

O plástico é mesmo um problema?

A gente dorme em um travesseiro feito com fibras de plástico. Escova os dentes com uma escova de plástico. Bebe água de água engarrafada em plástico. Até vestimos roupas  como capas de chuva, calçados, meia-calça, a lista é longa. 

Ele está em todos os lugares e deixa nossa rotina mais fácil ao mesmo tempo que é uma bomba relógio em questões ambientais, e a principal ameaça à vida no planeta.

Como chegamos a esse ponto?

 

Quando foi inventado?

Segundo o site Science Matters: The Case of Plastics (A questão do plástico, em uma tradução livre), “plástico” era uma palavra que originalmente significava “flexível e facilmente moldável”, e só foi recentemente atribuída a categoria de materiais que chamamos polímeros. 

Os polímeros são encontrados em abundância na natureza, como por exemplo a celulose. Mas nos últimos 50 anos, se popularizou a produção artificial de polímeros, usando muito carbono e combustíveis fósseis, para dar origem ao que hoje conhecemos como plástico, um material resistente, flexível, leve e barato.

Então podemos dizer que o plástico quanto polímero sempre existiu e é algo natural, mas o material artificial que chamamos plástico data do começo do século XX.

 

Como se popularizou?

Ali nos anos de 1900 boa parte dos materiais que hoje são feitos de plástico antes eram feitos de ossos e dentes de animais como elefantes, que encaravam sua primeira ameaça de extinção. Junto com isso, a indústria de extração de petróleo estava bombando e crescendo, gerando uma grande quantidade de resina pela refinação de combustível, material que era descartado. Até alguém decidir moldar essa resina para formar objetos.

Juntando o útil e o agradável, o plástico surgiu como uma salvação para as indústrias e para os animais e se popularizou rápido a partir da década de 1930 por ele ter características semelhantes à madeira e o marfim no quesito resistência, mas ser mais barato e leve ser produzido em larga escala. 

Além disso, vinha com a promessa de poder ser re-moldado em um novo objeto, após sua vida útil, tornando ele a promessa de um material perfeito. É o que defende o Science Museum no seu artigo The Age of Plastico: from Parkesine to Pollution (em uma tradução livre, A era do plástico: de Parkesine à poluição).  

O que a ciência não imaginava é que sua produção massiva não viria acompanhada da reciclagem, muito pelo contrário, e que em menos de 100 anos depois ele seria o inimigo número um do planeta.

 

Plástico é reciclável?

Sim, na teoria o plástico é reciclável. Todo plástico usado pode ser transformado em novas coisas. Porém na prática recolher o material, fazer uma triagem, limpá-lo e derretê-lo novamente é um investimento muito caro, que ninguém quer bancar, segundo a matéria “How Bil Oil Misled The Public Into Believing Plastic Would Be Recycling” (em uma tradução livre: Como as gigantes petrolíferas levaram o público a acreditar que o plástico poderia ser reciclado) publicada em 2020 pela NPR. 

Além disso, o plástico vai perdendo suas propriedades a cada vez que passa por um novo ciclo, o que significa que ele pode ser reutilizado algumas poucas vezes. Por outro lado, plástico novo é barato! Então o objetivo das indústrias, principalmente de garrafas plásticas, nunca foi de fato reciclar, mas sim de vender a ideia de um produto sustentável, fácil e moderno.

E é aí que o problema começa. Os mesmos produtos químicos que tornam o plástico um material tão incrível para quem o produz faz com que ele leve centenas de anos para se decompor completamente, causando um problema ambiental nunca visto antes.

 

O plástico em números

Alguns dados compartilhados pela National Geographic em “The world’s plastic pollution crisis explained” (numa tradução livre: A poluição mundial de plástico explicada), publicada em 2019:

  • metade de todo o plástico fabricado existente foi fabricado nos últimos 15 anos; 
  • a produção cresceu exponencialmente de 2.3 milhões de toneladas em 1950 para 448 milhões de toneladas em 2015, e espera-se que esse número dobre até 2050;
  • todo ano, cerca de 8 milhões de toneladas são descartados e vão parar nos oceanos e costas;
  • o plástico frequentemente contém aditivos que o tornam mais forte, flexível e durável, o que também estendem sua vida fazendo com que demore mais de 400 anos para se decompor.

Uma vez no mar, a água, o vento, o calor do sol vão aos poucos quebrando este material em pequenas partículas, minúsculas, muitas vezes invisíveis ao olho nu. Sim, estamos falando do micro-plástico, que já foi encontrado em todos os lugares do planeta Terra, do pico do Monte Evereste até na placenta de mulheres grávidas, inclusive em sistemas de abastecimento de água ao redor do mundo. 

Isso sem falar nos animais, que ingerem o plástico ao confundirem com alimento. Segundo a matéria “The five: species affected by plastic pollution” (numa tradução livre, As cinco: espécies afetadas pela poluição do plástico”) publicada pelo The Guardian em 2019, os animais que mais sofrem com o plástico nos oceanos são aves marinhas, tartarugas marinhas, baleias, caranguejos e bactérias. Várias espécies estão inclusive ameaçadas de extinção por conta disso.

 

Bora mudar essa realidade?

Já passou do momento de suposições e chegou a hora de agirmos! 

Coletivamente, ainda podemos mudar essa realidade, começando com nosso cotidiano. 

Vem descobrir como!

 

Julho sem plástico – Uma campanha de conscientização

O que começou como um desafio entre amigos de uma empresa na Austrália, se tornou uma das maiores campanhas mundiais pela conscientização do combate ao uso do plástico. Plastic Free July, seu nome original em inglês, ou Julho Sem Plástico em português, propõe o desafio de um mês sem plástico na nossa rotina, substituindo objetos de higiene, utensílios de cozinha e embalagens em geral por opções sustentáveis. 

A ideia é provar que se conseguimos passar um mês sem plástico, também conseguimos passar uma vida sem ele. Afinal de contas, menos de 100 anos atrás ele não estava em nossas casas do jeito que está hoje, e ainda assim chegamos aqui né?!

A campanha deu tão certo que só no ano de 2021 estima-se que mais de 140 milhões de pessoas em 190 países participaram da campanha, resultando em aproximadamente 300 milhões de toneladas deixaram de ser consumidas, e portanto, não foram descartadas no planeta!

Quem participou com a gente da Revolução Sem Plástico Korui contribuiu nessa luta! 

 

Manifesto Korui pela vida no planeta

Aproveitando a data, e pensando em fazer mais pelo planeta, espalhando nossa pegada ecológica, a Korui lança em 2022 o Manifesto Korui Pela Vida no Planeta, ou #ManifestoKorui para os íntimos! 🙂 

Nosso manifesto propõe incentivar ações coletivas que acontecem por todo Brasil. Criamos o concurso cultural Manifesto Korui que tem como objetivo principal incentivar pessoas a mostrarem suas ações pela sustentabilidade ambiental e inspirar mais pessoas a fazerem o mesmo.

Para descobrir o que você pode fazer para ajudar o planeta, acesse.

 

Suas escolhas contam

Existem cerca de 7 bilhões de pessoas no mundo. Se cada pessoa escolher uma garrafa reutilizável no lugar de uma garrafa de plástico, serão 7 bilhões de garrafas que não vão parar nos oceanos. 

Nossas escolhas cotidianas podem parecer inúteis, mas se somadas coletivamente fazem toda a diferença!

Escolha Korui, escolha ajudar o planeta!

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nosso impacto

Mais do que uma marca, somos uma comunidade de pessoas procurando soluções para problemas sociais e ambientais e querendo muito gerar impacto positivo para o mundo!

Sabia que nós já impedimos o descarte de 220 milhões de produtos descartáveis? Isso equivale a 3200 toneladas de lixo a menos no mundo! 🌎💚

Além disso, somos engajados no combate à pobreza menstrual. Criamos o projeto Dona do Meu Fluxo, que leva educação e coletores menstruais para mulheres em situação de vulnerabilidade social, que muitas vezes usam miolo de pão para conter a menstruação. Nossos copinhos duram muitos anos, o que não apenas traz liberdade, mas saúde, confiança e dignidade. 💪❤️

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